Para uso das editoras

A primeira recomendação a ser feita às editoras é que deixem de publicar livros em versão abreviada e, no futuro, publiquem audiobook apenas na versão completa. De fato, algumas editoras optam por abreviar o texto original quando ele é adaptado em um livro de audiobook, na maioria das vezes para limitar sua extensão, mas às vezes também por razões que permanecem misteriosas. Assim, o livro de Haruki Murakami, “Blind willows, sleep woman”, originalmente composto por 23 contos em versão papel, possui apenas 8 em versão audiobook.

Outro exemplo: a biografia ficcional de Nelson Mandela “Um longo caminho para a liberdade”, lançada recentemente pelas edições Audiolib, foi bastante encurtada: o audiobook livro é apenas 6:15 quando deveria ser mais de 20! Audiobook ou livro abreviado, isso nem deveria ser um debate. São as editoras que fazem coleções onde o audiobook não é a leitura nobre. Vamos cortar passagens, vamos fazer uma versão resumida…
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Pode ser super chato porque não é necessariamente dito. Autobiografia de Mandela: o que está registrado é um quarto do livro de papel. Na Eole e na BNFA, o mesmo livro dura 24 horas e poucas. Quando você compra, você vê o número de horas, mas não pode necessariamente saber. A Amazon nem se preocupa em referenciar o audiobook como tal com todas as suas especificidades: vemos o número de páginas, mas não o número de horas.

O que eles cortaram? As notas, o prefácio, o texto? Assusta-os vender um audiobook muito longo. Os editores estão relutantes em inovar em audiobook, a menos que seja thriller, porque eles sabem que realmente têm leitores leais no thriller. O preço nunca reflete a quantidade de leitura que existe.